Texto
Básico:
Deuteronômio 28:1-68
“E será que, havendo-te
o SENHOR, teu Deus, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então,
pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal”(Dt
11:29)
INTRODUÇÃO
Quando analisamos a
história de Israel, fica evidente que o povo de Deus recebeu o direito de
escolher se desejava ou não ser abençoado por Ele (vide Deuteronômio cap.28). A
bênção viria como um fruto da obediência ao Senhor, e a ausência desta era
vista como um fruto da desobediência aos preceitos divinos. Quando a nação
obedecia a Deus, prosperava, mas quando seguia outros deuses, experimentava
adversidades.
Atualmente a palavra
obediência parece andar um tanto esquecida. Fala-se muito em bênçãos e
prosperidade, todavia, muitos se esquecem de que as bênçãos são decorrentes da
obediência aos princípios divinos. A obediência é uma prova viva de amor ao Pai
Celestial. A Bíblia diz em João 14:15, 23: “Se me amardes, guardareis os meus
mandamentos… Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra;
e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada”. O Espírito Santo só
será dado àqueles que obedecem a Deus. A Bíblia diz em Atos 5:32: “E nós somos
testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles
que lhe obedecem”. Jesus obedeceu ao Seu Pai dando-nos um exemplo de como
devemos obedecer ao Senhor. A Bíblia diz em Hebreus 5:8-9: “Ainda que era
Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido
aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe
obedecem”.
Deus é bom e quer nos
abençoar integralmente. Entretanto, Ele também é justiça. A justiça do Pai,
assim como a sua bondade, atinge todas as áreas de nossa vida.
I.
OBEDIENCIA, UM FIRME FUNDAMENTO.
Quando a Bíblia Sagrada
diz que o homem foi criado com liberdade (Gn 2:16,17), devemos observar que
liberdade é a possibilidade de o homem escolher entre obedecer ou desobedecer a
Deus. A liberdade jamais pode ser concebida como “autonomia”, ou seja, como uma
faculdade do homem de ele próprio estabelecer qual é a regra, qual é a norma,
como, aliás, entenderam alguns filósofos ao longo da história da humanidade.
A liberdade não se
confunde com a ausência de um poder superior ao homem. Deus é superior ao homem
e estabelece, como Criador de todas as coisas, as regras e os mandamentos que
devem ser observados pelo homem. O homem, por ser livre, tem a possibilidade de
observar, ou não, estas regras, mas não há um mundo sem regras ou sem leis. A
liberdade sempre se estabelece debaixo de um senhorio divino, debaixo de regras
e mandamentos estabelecidos pelo Senhor. Por isso a liberdade redunda em
responsabilidade. O outro lado da liberdade, o outro lado da possibilidade de
se atender, ou não, ao mandamento divino é a responsabilidade, ou seja, o homem
responde pela opção que tomar. O homem não é senhor de si; não é ele quem
estipula as regras e as normas que terá de responder diante de Deus pelo que
tiver feito. Este princípio, aliás, foi muito bem apontado por Paulo quando
escreveu aos gálatas: ” Não erreis, Deus não Se deixa escarnecer, porque tudo o
que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7).
1.
Deus fala e quer ser ouvido.
O Senhor tirou os
israelitas do Egito, a fim de que eles fossem uma nação próspera e temente a
Ele. Para que fossem abençoados, deveria pautar pela obediência a Ele e à Sua
Lei. Esta condição pode ser resumida na frase encontrada várias vezes no
Pentateuco: “Se ouvires a minha voz e guardares os meus mandamentos”(Ex
15:26;19:5; Lv 26:14;Dt 28:1).
No discurso de Moisés,
exarado no capítulo 28 de Deuteronômio, há uma extensa lista de bênçãos que
viriam se o povo de Israel obedecesse à voz do Senhor quanto ao cumprimento de
Sua Palavra. Os catorze versículos inicias falam das bênçãos que sucederiam a
obediência, enquanto os últimos 54 versículos descrevem as maldições que
recairiam sobre Israel se voltasse as costas para o Senhor. As bênçãos
prometidas abrangem a preeminência entre as nações, propriedade material,
fecundidade, colheitas abundantes, vitória nas batalhas e sucesso no comércio
exterior. A proteção de Deus também seria notada por todos, quando aqueles que
se diziam inimigos de Israel fossem derrotados, entregues pelo próprio Senhor
aos israelitas. Para quem pensa que Ele ia cuidar apenas dos aspectos físicos
da existência, Ele deixa claro que separaria Seu povo para que fosse santo,
desde que Seu povo ouvisse a Sua voz, guardasse Seus mandamentos e andasse nos
Seus caminhos. Isso atrairia o temor dos povos em torno de Israel. Essas
promessas foram destinadas a Israel, que, infelizmente, trilhou por caminhos
contrários a Deus, mostrando que a rebeldia humana pode destruir uma nação que
tinha tudo para dar certo.
Alguém pode perguntar:
é possível que Deus estenda esses preceitos aos que andam pela fé em Sua
Palavra em nossos dias? Com certeza. Deus não deixou de ter a bondade de
abençoar, mas devemos levar em conta dois fatores: primeiro, não podemos nos
apropriar de promessas que não foram destinadas a nós; segundo, devemos ser
diligentes em nossos trabalhos, para que cresçamos de forma honesta, pois tão
importante quanto crer nas promessas de Deus é fazer a nossa parte: andar nos
caminhos dEle e trabalhar de forma diligente com nossas mãos.
Portanto, o melhor que
podemos fazer pela nossa vida é obedecer a Deus e à Sua Palavra. A Bíblia diz
em Deuteronômio 30:15-16: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a
morte e o mal; porquanto te ordeno, hoje, que ames o Senhor, teu Deus, que
andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos,
e os seus juízos, para que vivas e te multipliques, e o Senhor, teu Deus, te
abençoe na terra, a qual passas a possuir“.
Deuteronômio 10:12-13
diz: “Agora, pois, ó Israel, que é o que o SENHOR, teu Deus, pede de ti, senão
que temas o SENHOR, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames,
e sirvas ao SENHOR, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma,
para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos, que hoje te
ordeno, para o teu bem?”.
A obediência é a chave
para uma vida de sucesso. A Bíblia diz em Josué 1:8: “Não se aparte da tua boca
o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de
fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o
teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás”.
Seremos avaliados em
termos da nossa obediência aos mandamentos de Deus. A Bíblia diz em Mateus
5:19: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar
aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os
cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus“.
2.
A obediência e suas reais motivações.
Conforme lemos em
Deuteronômio 28, a motivação principal para a obediência não era
necessariamente receber a bênção de Deus (apesar de ela estar intrínseca no
texto), e sim a comunhão com Deus e a sua aprovação em todas as coisas que o
fiel realizava. Podemos inferir disso a certeza de que Deus conhece as reais
motivações com que nos aproximamos dEle. Ele sabe quando os corações são ou não
interesseiros.
II.
DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
A maldição é um
instrumento divino e, na verdade, faz parte de Sua atividade julgadora. Em
Deuteronômio 11:26-28, Deus diz: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção
e a maldição: A bênção, quando ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus,
que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do SENHOR,
vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes
outros deuses que não conhecestes”. A Bíblia não diz que a bênção é de Deus e a
maldição é do diabo. Tanto uma quanto a outra são prerrogativas divinas. A
maldição está ligada à desobediência e a bênção à obediência.
1.
A quebra da aliança.
Ainda com relação ao
capítulo 28 de Deuteronômio, Moisés profetiza uma série de maldições como causa
da desobediência a Deus e à Sua Palavra, ou seja, quebra do concerto divino:
castigo, destruição, grande aflição, cativeiro e dispersão entre as nações
(vide Dt 28:15-68).
Dt 28:15-37 - As
maldições incluíam escassez, esterilidade, ferrugem, seca, derrota nas
batalhas, loucura, medo, adversidade, calamidade e vulnerabilidade(v.15-32). Os
versículos 33-37 prevêem o cativeiro numa terra estrangeira, profecia que se
cumpriu quando o povo foi levado cativo pelos assírios e babilônios. Israel
seria pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos.
Dt 28:38-46 - Os
israelitas seriam amaldiçoados com colheitas minguadas e escassez de uvas e
azeitonas. Seus filhos seriam “levados ao cativeiro, e o gafanhoto” consumiria
seu “arvoredo e o fruto da […] terra”. O estrangeiro no meio deles se elevaria
mais e mais, enquanto o povo desceria mais e mais. Se os israelitas fossem
obedientes, se tornariam credores no mercado internacional. Porém, se fossem
desobedientes, teriam de tomar dinheiro emprestado de estrangeiros(v. 44).
Dt 28:47-57 - Invasores
estrangeiros levantariam cerco contra Israel, provocando os horrores escritos
nos versículos 49-57. As condições seriam tão terríveis, que as pessoas
devorariam umas às outras. Essa profecia se cumpriu quando Jerusalém foi
sitiada pelos babilônios e, posteriormente, pelos romanos. Nas duas ocasiões,
muitos recorreram ao canibalismo. Até o indivíduo mais refinado e “delicado” se
tornaria “mesquinho” e canibalesco.
Dt 28:58-68 - Pragas e
enfermidades graves e duradouras dizimariam a população de Israel. Os
sobreviventes se dispersariam por toda a terra e viveriam com pavor constante
de perseguição. Deus os faria até voltar ao Egito em navios. De acordo com
Josefo, a profecia de que Israel voltaria ao Egito se cumpriu parcialmente no
tempo de Tito, quando os judeus foram levados para lá em navios e vendidos como
escravos. Nesse caso, porém, “Egito” pode indicar servidão em geral. Deus havia
livrado Israel da escravidão literal do Egito no passado. Se, contudo, a nação
não o amasse, nem reconhecesse seu direito soberano de receber obediência, não
se manteria pura como esposa e não seria sua propriedade exclusiva. Caso
escolhesse se portar como as outras nações, seria vendida de volta à
escravidão. A essa altura, porem, estaria de tal modo destruída, que ninguém a
desejaria, nem mesmo como escrava.
Ao meditarmos sobre
essas condições, ficamos abismados com a manifestação da ira de Jeová contra o
povo. Moisés não poupou palavras e não deixou nenhum detalhe por conta da
imaginação, antes, pintou um quadro nítido e realista. Israel precisava saber
quais seriam as consequências da desobediência para que aprendesse a temer o
nome do Senhor, o Deus de Israel. “Aquele a quem muito se confia, muito mais
lhe pedirão”(Lc 12:48). Israel havia recebido mais privilégios do que qualquer
outra nação e, portanto, tinha mais responsabilidades e poderia sofrer castigo
mais severo.
2.
A maldição da idolatria.
Idolatria é colocar
qualquer coisa, ou pessoa, em lugar de Deus. Está escrito que Deus não dá sua
glória a ninguém (cf Is 48:11). Portanto, a idolatria é um pecado grosseiro e
afrontoso ao Único e Verdadeiro Deus, porque: (a) lhe rouba a glória e
consagra-a as obras que nada são; (b) ignora-lhe a eterna e inquestionável
soberania; (c) zomba das reivindicações que Ele apresenta em Sua Palavra. O
idólatra demonstra que não dá nenhuma importância à soberania divina (Sl 14:1).
A maldição vez por
outra alcançava o povo de Israel por causa da idolatria, que é veementemente
condenada na Bíblia. Mesmo antes da decretação dos 10 mandamentos, o povo de
Israel já se achava mais do que ciente acerca do pecado e da desgraça que é a
idolatria. Quatro séculos depois, quando da promulgação do Decálogo, o Senhor
Deus ordena: “Eu Sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa
da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as
servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade
dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”
(Ex 20:2-4). Mais adiante, Moisés adverte: “Maldito o homem que fizer imagem de
escultura ou de fundição, abominável ao Senhor, obra da mão de do artífice, e a
puser em um lugar escondido! E todo o povo responderá: Amém!”(Dt 27:15).
Todos os profetas
exortaram os israelitas a que se abstivessem da idolatria. O que dizer das
advertências de Isaías? Dos clamores de Oséias? Das mensagens de Amós? E o
quanto não sofreu Jeremias a fim de reconduzir o seu povo ao Deus Único e
Verdadeiro? Foi em consequência da idolatria que Israel e Judá foram expulsos
de suas possessões e experimentaram o amargo cativeiro (2Rs 17:1-23; 2Cr
36:11-21).
Se a idolatria era
combatida com rigor no Antigo Testamento, não seria diferente no Novo. No
Concílio de Jerusalém, os apóstolos e anciãos, inspirados pelo Espírito Santo,
recomendaram aos fiéis: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos,
e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se
vos guardardes” (At 15:29). Em suas diversas epístolas, os apóstolos condenaram
duramente o envolvimento dos cristãos com a idolatria (1Co 10:14 ; 1Pe 4:3).
Talvez hoje não mais
encontremos por aí o horrendo deus Moloque, nem a infame Diana dos efésios.
Mas, a moderna idolatria, além de seu aspecto tradicional e grosseiro (a
adoração de imagens de escultura) vem, de forma sorrateira, furtiva e até
subliminar, minando a resistência do povo de Deus. Muitos são os crentes que se
vem deixando contaminar pelos promotores desse perverso e ímpio sistema
idolátrico que, nos meios de comunicação, recebe os mais insinuantes títulos:
humanismo, nova Era, regressão psicológica, teologia da prosperidade,
pensamento positivo, liberação sexual, etc. Os agentes da impiedade não poupam
esforços; sabem como insuflar suas doutrinas até entre os santos.
Estejamos, pois,
alerta! Não podemos traficar com a glória divina, nem trocá-la pelos ídolos,
sejam quais forem as formas com que estes se apresentem. O Senhor não negocia a
Sua majestade.
III.
AS FALSAS IDEIAS SOBRE MALDIÇÃO
Ultimamente, uma falsa
doutrina tem se infiltrado no meio do povo de Deus: a falaciosa “maldição
hereditária”. Os defensores dessa falsa doutrina concebem-na como sendo “… a
autorização dada ao diabo, por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para
causar dano à vida do amaldiçoado…” ou, ainda, para outros, seria “… problemas
e sofrimentos originados por problemas e pecados dos antepassados e herdados
hereditariamente….”.
Segundo os
“ensinadores” dessa falsa doutrina, a “maldição hereditária” tem de ser
quebrada e um dos meios pelos quais se faz esta “quebra” é por intermédio da
“regressão psicológica”, em que se “descobre”, no passado, a origem, a causa da
maldição que, então, apresentada ao Senhor Jesus, pode ser quebrada,
ocasionando a completa “libertação” do servo de Deus. Crendo nessa falsa
doutrina, muitos que cristãos dizem ser entram numa espécie de paranóia,
procurando alguma maldição para quebrar.
Todavia, não é isto que
ensina a Bíblia Sagrada. Nas Escrituras, fica claro que o que causa divisão
entre o homem e Deus são os nossos pecados (Is 59:2), pois o salário do pecado
é a morte, ou seja, a separação entre o homem e Deus (Rm 6:23). O pecado traz,
em consequência, uma maldição ao homem (Dt 28:15-19; Gl 3:10). No entanto, Jesus
fez-se maldição por nós e, com isto, pagou o preço da nossa redenção (Gl 3:13)
e, por isso, converteu a maldição em bênção, de modo que, agora, a bênção de
Abraão chega até nós por intermédio de Cristo Jesus (Gl 3:16), de modo que
somos, agora, amigos de Deus (João 15:15).
Aqueles, que cristãos
dizem ser, que acham que precisam quebrar maldição não entenderam a obra de
Cristo. Aqueles que temem que satanás possa prender algum crente sobre maldição
não entenderam o que Cristo fez com o diabo para benefício dos crentes quando
morreu na cruz. Gênesis 3:15 diz que Cristo feriria a cabeça da serpente e isso
aconteceu quando Ele morreu na cruz do calvário. Da mesma forma Colossenses
2:13-15 fala-nos da obra de Cristo que removeu nossa dívida quando morreu na cruz.
A vitória de Cristo é uma vitória completa, portanto, somos verdadeiramente
livres.
Mas não apenas isso. Em
Romanos capitulo 6, Paulo explica o que aconteceu conosco quando nos
convertemos (Rm 6:5). Isso significa que o crente espiritualmente participa da
morte de Cristo. Ele(o velho homem) realmente morreu com Cristo na cruz (Rm
6:6). Todas as maldições cessam aí, crucificadas na cruz de Cristo. A ênfase de
Paulo é que não ficamos mortos, e sim, como Cristo ressuscitou, nós também
ressuscitamos - “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte;
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai,
assim andemos nós também em novidade de vida“(Rm 6:4).
Pode alguém que nasceu
de novo, que morreu com Cristo e ressuscitou espiritualmente com Ele, ainda
carregar maldições? Será que a obra de Cristo não foi completa? Se o crente
pudesse ainda carregar maldições o texto de 2Coríntios 5:17 não seria
verdadeiro - “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas
já passaram; eis que tudo se fez novo”. Se ainda há maldições, então, não há
nova criatura, nem novo nascimento, nem conversão. Se Cristo habita em nossos
corações, não devemos menosprezar a Sua obra, não podemos diminuir a
importância e a eficiência dela.
Portanto, quem
participa desta falsa doutrina não crê no poder transformador e suficiente do
sacrifício de Jesus para nossa salvação e, lamentavelmente, se não crê no
Filho, também não crê no Pai(1João 2:22,23), logo, está demonstrando, de modo
cabal, que se caminha para a perdição de sua alma(Mc 16:17).
Ainda estamos em um
mundo decaído, e, portanto, submetidos a muitas limitações. Porém, isso não
significa que as maldições não foram quebradas em nossa vida. Ainda não somos
tudo aquilo o que fomos projetados para ser - “Amados, agora somos filhos de
Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando
ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos”(1João 3:2). O Apocalipse descreve o momento quando toda maldição será
retirada da criação e a cidade santa for estabelecida por Deus: “E ali nunca
mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do
Cordeiro, e os seus servos o servirão”(AP 22:3). Glórias sejam dadas ao nome do
Senhor Jesus!
CONCLUSÃO
Obedecer a Deus é
cumprir em nossas vidas a sua Santa Palavra (Dt 26:16). Não podemos duvidar do
seu comando, da sua vontade, temos que acreditar e obedecer. Se obedecermos,
então, permanecerá sobre nós a bênção do Senhor (Lv 26:3-13).
Elaboração: Luciano de
Paula Lourenço - Prof. EBD - Assembléia de Deus - Ministério Bela Vista.
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário