Na madrugada do dia
25 de novembro, por volta das 02:30 lá estava eu esquentando o motor do carro
para seguir viagem ate a penitenciária de potim II. O temor tomava conta de mim
até porque por esses dias a guerra entre o crime organizado e a polícia estava
acirrada, por esse motivo a preocupação é grande pois como cidadão não sei em
quem confiar.
Segui rumo à casa do pastor Ailton e no trajeto as ruas que
antes nesse mesmo horário estava bem movimentada não se via uma alma viva se
quer, reflexo da violência urbana que deixa os fanfarrões em suas casas. Peguei
o pastor Ailton e segui até o DER onde estaria nos encontrando com o irmão
Amauri, o mais novo integrante do grupo e mais uma vez o irmão Evandro não foi
conosco ele até teria mudado a escala com um companheiro de trabalho para poder
atender a obra, mas derrepente sentiu fortes dores em sua perna, (onde tem
cinco cirurgias devido ter caído de uma moto no passado) e isso impossibilitou
o servo de Deus ir na viagem.
Logo após nos reunirmos, oramos pedindo a direção do Espírito
Santo e logo estávamos na rodovia Anchieta e rapidamente na Dutra, até o
movimento de carros na madruga tinha caído devido a violência, costumavámos
pegar o trânsito um pouco carregado nas outras viagens que fizemos.
Mas graças a Deus que estava tudo bem, apesar de a irmã Maria
não poder ir conosco, ela preparou a alimentação para nós e os irmãos detentos.
Tudo na estrada estava a mil maravilhas, foi quando logo na entrada da cidade
de aparecida do Norte de frente a básilica no painel do carro acendeu a luz
vermelha da bateria logo percebi que tinha alguma coisa de errado com o carro,
mas havia um trânsito enorme de ônibus que estava adentrando no estacionamento
da básilica e a demora me preocupava ainda mais.
Quando derrepente a fumaça começou a sair do capô do carro,
desliguei o carro e encostei o quanto antes possível, e fui verificar o que
estava acontecendo. A correia do alternador havia virado e quebrada e por isso
não estava gerando energia e a bomba de água não estava funcionando, e agora!!!
Ainda era 5:00 da manhã.
Estava chovendo bem fraquinho, e um abafado encostei num
lugar e combinamos de que quando fosse 8:00 sairíamos em busca de socorro.
Ficamos no carro aguardando chegar a hora enquanto chovia razoavelmente, até
propuz aos irmãos que pegassem uma van que seguia para a cidade de potim e eu
ficaria pra arrumar o carro e iria na sequência, mas eles não quiseram e
disseram que estariam juntos, insisti para que fossem e assim iriam adiantando
a escola bíblica dominical mas de nada adiantou, eles disseram, “Nós estamos
juntos!”.
Bom o que restou foi esperar a hora de abrir o comércio e
correr atrás, eu e o pastor Ailton fomos atrás de socorro enquanto o irmão
Amauri ficou no carro, passamos em uma padaria e tomamos um café rápido e
pedimos algumas informações e percebi que as pessoas parecem que estavam
assustadas conosco nãos ei se era porque erámos desconhecidos mas etavámos em
uma cidade turística, e onde parávamos para pedir informação percebíamos isso e
até teve gente que nos deu informação errada. Será que era por causa da onda de
violência?
Andamos quase todo o comércio do centro da cidade de
Aparecida do Norte, pergunta aqui pergunta ali e nada de casa de peças para
carros aberta e as oficinas estavam fechadas nos postos de gasolina não tinham
a correia, que sufoco!!!, já estavámos molhado e cansados, até que paramos em
um posto de gasolina e fui me informar com o fretista que me apontou um senhor
que poderia me ajudar, fui até ele e disse o que havia acontecido e
imediatamente ele foi até o seu carro e pegou uma correia semi-nova que era
justamente a que serviria no meu carro e me vendeu.
Sem perca de tempo fomos até o carro e comecei a fazer a
manutenção, e onde havíamos parado em frente de uma residência tinha um casal
que observou o meu sufoco, pois estava chuvendo e eu precisava de algumas
ferramentas para trocar a correia, prontalmente o casal se ofereceu para nos
ajudar e trouxeram, um plástico para forrar no chão um macaco jacaré para
levantar o carro pois seria melhor para me movimentar e realizar a manutenção e
ficaram por ali conversando foram muito prestativos conosco.
Quando terminei a senhora me ofereceu uma camiseta limpa para
que eu trocasse a minha, porque estava uito suja, e ainda ajudaram a emprurrar
o carro, devido ter descarregado a bateria, daquela cidade e todas as pessoas a
qual pedimos ajuda essas foram as melhores. Ainda tem gente que gosta de
ajudar!
Fomos embora para a penitenciária, da onde estavámos até lá
era uns 30 minutos, só sei que por volta das 12:00 estava no raio cinco onde
esta a casa de oração e felizes e preocupados os irmãos me aguardavam anciosos
para juntos louvarmos a Deus.
Nesse dia não foi possível realizar a escola bíblica, mas
após termos chegado e rapidamende organizamos para o ambiente para a realização
do culto de santa ceia. E assim foi feito, a graça de Deus invadiu o local como
já é de costume o pastor Ailton dirigiu e ministrou uma palavra de Deus nesse
culto. Ao término seria o almoço que já estava quente pronto para ser servido.
Mas o nosso tempo estava remido e cada minuto era precioso,
almoçamos e ao mesmo tempo conversando com os responsáveis da casa de oração
que tinham muito assunto e testemunho pra contar e um deles foi que muitos
detentos cristãos que moram na cela que é a casa de oração foram embora, isto
é, ganharam liberdade e com isso diminui o número de pessoas na cela e tem uma
lei lá dentro da penitenciária de que não pode haver menos do que 20 pessoas em
uma cela (uma cela comporta 12 pessoas) e na casa de oração haviam 14, e os
irmãos se puseram em oração e foram trabalhar e hoje para a glória de Deus tem
vários novos convertidos e irmãos que vieram de outro raio e a cela tem mais de
20 pessoas (que não era pra ter) e com isso os irmãos podem ficar mais
tranquilo não correndo o risco de que outros detentos que não sejam cristão vá
morar com eles, pois se isso acontece os detentos cristãos tem que conviver com
detentos que tem vicíos e não quer compromisso com a igreja, mas Deus deu
vitória.
O púlpito já estava em posição no pátio a tenda armada e os
louvores já sendo entoados, os irmãos se arrumando em seus lugares (no chão
mesmo) e os demais, isto é, população carcerária iam se aproximando ainda que
meio de longe mais estavam ali para ouvir uma palavra da parte de Deus. O irmão
Andrade (irmão detento que é o professor da escola bíblica lá na casa de oração
e presbítero) fez a abertura do culto e em seguida passou a direção para mim
que continuei na ministração de louvores, e oração específica tais como por
enfermos, problema com processos, família, conjugal, espirutual e foi uma
bênção. E o Espírito santo ministrou uma palavra ao meu coração que
compartilhei com todos ali presente.
Ao término do culto fizemos a oração de mãos dadas e
presenteei seis bíblias para aqueles que manifestaram interesse em ter uma,
após a oração final muitos vieram nos comprimentar, e pedir oração individual.
A carência é grande!!!!
Saímos do raio e seguimos os procedimentos da casa e por
volta de 17:00 já estávamos com o pé na estrada graças a Deus foi tudo bem no
retorno, e na semana seguinte fui informado que o irmão Roldão (diácono e
tocador na casa de oração e que já vinha cumprindo 24 anos de pena) tinha ido à frente no
momento da oração pelos os processos que estava travado e tocado pelo Espírito Santo foi receber oração
em prol do seu processo e na segunda ou terça-feira o agente penitenciário foi
cuminicá-lo de que teria ganho a colônia, isto é, saíria do regime fechado e
iria para o regime aberto, um passo para ganhar sua liberdade.
Glória a Deus por isso!!! Ajude-nos essa obra precisa de
você!
Pb.
Odemir Silva
Pb. Odemir Silva, momentos antes de adentrar à Penitenciária.
Irmã Maria das Dores, mãe do Pb. Odemir Silva,
responsável pela alimentação.
Lateral da Penitenciária
Pastor Aílton e ao fundo a Penitenciária de Potim II
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