PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E ELEIÇÕES



O poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht disse: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Não lê, não ouve nem participa dos acontecimentos políticos. Não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem de decisões políticas”.
A cada campanha eleitoral que se inicia ficamos na expectativa de assistir a mais uma disputa acirrada entre os principais candidatos a diversos cargos públicos. Sempre levantamos a pergunta: e nós, de que lado estaremos? Como vamos participar de mais um pleito eleitora?
 Por onde andamos, nos deparamos com cartazes, faixas e santinhos dos candidatos jogados ao vento, e o que mais ouvimos são frases como: “política e coisa suja formam um par perfeito”, “a política é um antro de corrupção”, “esse país não tem mais jeito, vou anular o meu voto”, e por aí vai. O difícil nesse cenário de ceticismo e absenteísmo é convencer alguém de que Política é ma coisa importante e que o desencanto não pode justificar tudo.
Ninguém nega, por outro lado, que muitas vezes nos sentimos desolados, indefesos, incapazes de mudar alguma coisa, mas é por meio da participação dos cidadãos que se poderá dar um novo rumo à política no país e afastar a leva dos maus políticos que advogam em causa própria o de grupos privados que se apossam da coisa pública.
A hora é agora, porque “da ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”, conclui Bertolt Brecht.
Por isso, não faça de sua omissão a justificativa para dizer que as coisas estão como estão e continuarão tal qual. E para aqueles que ainda insistem em continuar dizendo com o peito estufado “eu não gosto de política”, cito:
“... hoje, o exercício da Política nas suas múltiplas dimensões, por qualquer pessoa, é um projeto contra o biocídio. É realmente um projeto contra o biocídio, a favor da vida em mim, no outro – da vida no planeta. Esse antibiocídio é um projeto muito mais amplo do que a minha vida exclusivamente individual. É uma recusa à idéia de que há uma banalidade na existência. Desse ponto de vista, para mim, ele é uma energia vital”.
Então, se você também assumir essa atitude, “eu não gosto de política...”, não adianta reclamar do país que tem. O compromisso também é seu para alterar o nosso quadro político para melhor.
Fonte: Revista Ciência &Vida, ano VII, nº 75, outubro de 2012, pag. 38

Odemir Silva
Ciências Política

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