Avivamento e Pentecostalismo

Creio que já foi possível ter uma visão sobre o que é avivamento, apartir do Antigo Testamento, portanto vamos concluir observando o último livro do AT que é Malaquias e na sequência vêm os 400 anos de silêncio que dará introdução ao Novo Testamento.
A profecia de Malaquias (que significa mensageiro) é claramente posterior às de Ageu e Zacarias, depois da reconstrução do Templo, muitos abusos foram perpetrados no sistema de sacrifícios (Ml. 1.7-10; 3.8), além disto, de modo geral, a condição espiritual do povo estava em declínio:

1. O divórcio era amplamente disseminado, Ml. 2.14;
2. Casamentos interraciais eram realizados, Ml. 2.10-12;
3. E a prática do dízimo era negligenciada, Ml. 3.8-10.

O livro, portanto deve ser datado em algum momento após o retorno de Neemias à corte dos persas, em 433 a. C., provavelmente antes de 400 a. C. Cerca de 100 anos haviam-se passado desde o retorno dos judeus à Palestina.
A cidade de Jerusalém e o segundo templo haviam sido construídos, mas o entusiasmo inicial desaparecera.
Depois de um período de reavivamento, liderado por Neemias (Ne. 10.28-39), o povo e os sacerdotes haviam-se desviado e transformado sua obediência à lei em algo mecânico e rotineiro.
O Livro termina com uma declaração profética a respeito de João Batista, um precursor do Messias (Ml. 3.1-6), os judeus do período intertestamentário (período dos 400 de silêncio) reconheceram que a fase dos profetas de Israel havia cessado.
A Bíblia coloca Malaquias como o último profeta do AT, sua voz foi a última usada por Deus no Cânon do AT. Sua profecia termina com a promessa da “vinda de Elias” (Ml. 4.5,6), apontando portanto, para João Batista.
Deus encerra suas atividades de revelação especial ao homem, deixando o mundo na expectativa do precursor do Messias, (Is. 40.3).
Depois de Malaquias, não temos registrada nenhuma revelação de Deus. O silêncio divino é uma das contribuições para preparar o mundo para o advento do Senhor Jesus.
Após 400 anos de silêncio, ocorrem milhares de sucessos que, somados, prepararam o século em que o Senhor Jesus nasceu.
Os Impérios: Assírio, Babilônico, Medo-Persa e Romano contribuíram para esse momento.
O NT é, o livro onde esta registrado o estabelecimento e o caráter das novas negociações de Deus com os homens por meio do Senhor Jesus Cristo;

 - o antigo pacto envolvia uma revelação da santidade de Deus num justo padrão de lei, que, os que recebessem, eram solenemente admoestados a guardar,

- o novo pacto dava corpo à revelação da santidade num Filho completamente justo que dava aos que recebiam a revelação, o poder de se tornarem filhos de Deus, tornando-os justos, (Jo. 1.12; Rm. 5.19; 5.1).

Os primeiros cinco livros do NT têm um caráter histórico, dos quais quatro esboçam de diferentes pontos de vista, a vida e obra de Jesus.
O livro de Atos dos Apóstolos é um companheiro de Lucas e continua a história dos seguidores de Jesus depois termina a Sua vida terrena, dando especial relevo à carreira do missionário Paulo. E é no livro de Atos que começamos a entender o avivamento no NT, o livro registra o poder sobrenatural do Espírito Santo, não só na vida dos apóstolos, mas também na existência da igreja, que é o Corpo de Cristo, podemos chamá-lo de “quinto Evangelho”.
A Importância do Livro de Atos

1. Manifestar o poder de Deus,
“recebereis a virtude” (At. 1.8) “Virtude” no grego é dinamis, de onde vêm a palavra “dínamo, dinamite, dínamo”, e é isso que acontece com o crente ao receber o Espírito Santo.

2. Leva o nome de Jesus para as nações,
“o campo é o mundo” (Mt. 13.38) Jesus não afirmou que era em Jerusalém, nem Judéia, Roma, minha cidade e a tua. Hoje, o mundo islâmico, com toda a hostilidade ao Cristianismo, em nada é menos hostil que a época, a qual Paulo enfrentou suas viagens missionárias. É lamentável ver que uma igreja, a qual Deus proveu com recursos, esteja desperdiçando tempo, dinheiro e talentos dos que são vocacionados.

3. Compreender a Igreja apostólica,
Embora os 66 livros da Bíblia apresentem a mesma inspiração, sem o texto de Atos, jamais poderíamos compreender as epístolas paulinas, qual origem da igreja, como Jesus cumpriu a promessa da vinda do Consolador, a experiência dos apóstolos com o Espírito Santo, o desenvolvimento da obra missionária, a expansão do Evangelho, etc...










As Verdades Pentecostais

1. No Antigo Testamento, poderemos vê-las das seguintes formas:
a. Nas profecias.
As quais falavam da vinda do Espírito Santo e de sua obra entre os homens, ex.:
- Isaías (Is. 28.11,12; 44.3,4);
- Salomão (Pv. 1.23);
- Joel (Jl. 2.28,29);
- Zacarias (Zc. 12.10) etc.

b. Nos símbolos do Espírito Santo.
Os quais revelam de modo específico, suas diversas manifestações na vida dos que cêem, como:
- Chuva, para frutificação, (Os. 6.3; Sl. 72.6);
- Óleo, para unção do poder (Ec. 9.8; Sl. 133.2,3; At. 10.38);
- Orvalho, para revigoramento (Os. 14.5-7);
- Vento, para a vida abundante (Ez. 37.9,10);
- Impetuosidade (At. 2.2);
- Fogo, Para manifestação da glória divina (Lv. 9.23,24; II Cr. 7.1);
- Rio, para dessendentar, (Is. 44.3,4; Jo. 7.37-39).

c. Na prefiguração do poder manifestado nas vidas de:
 - Gideão (Jz. 6.34) para liderar;
             - Sansão (Jz. 14.6) para grandes proezas;
             - Bezaliel (Êx. 31.1-6), para edificação;
             - Josué (Dt. 34.9), para substituição;
             - Davi (I Sm. 16.13) para vitórias.


2. No Novo Testamento.
Encontramos as verdades pentecostais nas promessas de Deus através de João Batista (Mt. 3.11), e principalmente de Jesus (At. 1.4,5,8), e que, ao subir ao céu, rogou ao Pai que enviasse o Espírito santo à igreja (Jo. 14.12-18; 16.5-15), deixando bem claro que este poder capacitaria seus discípulos a fazer obras maiores que as dEle (Jo. 14.12).

Veremos o Espírito Santo no:

a. Ministério de Jesus.
Pela atuação do Espírito, Jesus foi:
- Gerado no ventre de Maria (Lc. 1.35);
- Preservado em vida (Mt. 2.12);
- Revelado a Simeão (Lc. 2.25-29);
- Ungido com poder (At. 10.38);
- Oferecido a Deus como sacrifício (Hb. 9.14);
- Ressuscitado dos mortos (Rm. 8.11).

b. No Livro de Atos.
Com respeito aos discípulos, o Espírito Santo:
- Batizou-os (At. 2.1-8; 8.17; 10.44,47; 19.6,7);
- Encorajou-os (At. 2.14; 4.19,20);
- Distribuiu-lhes dons espirituais (At. 2.22,36; 5.4,5; 9.34-36,42);
- Dirigiu-os (At. 8.5-24, 36,40; 10.11-48);
- Promoveu-lhes o crescimento (At. 2.41,47; 4.4; 5.14,28; 6.1,7; 9.31,35);
- Orientou-lhes o serviço cristão (At. 11.28; 21.4,11);
- Constituiu obreiros dentre eles (At. 20.28).

O que é Pentecoste?
Conforme Atos 2.1 “E ao completar-se o dia de “Pentecostes”, estavam todos reunidos num só lugar” (Bíblia King James).
Pentecoste significa o quinquagésimo (50) dia após o sábado da semana da Páscoa e, portanto, domingo, era considerado o Dia de Pentecoste (Lv. 23.15,16; 28.26). Pentecostes é o nome que se dava à Festa das Semanas, também chamada Festa da Colheita ou, ainda, Festa dos Primeiros Frutos (Dt. 16.10). Nessa passagem, apóstolos e discípulos estavam no Templo, também chamado de “a Casa” (At. 7.47), pois é sabido que os apóstolos reuniam-se constantemente no Templo, orando, ministrando e louvando ao Senhor (Lc. 24.53).

Essas festividades solenes eram significativas e apontavam para o Messias.

a) Páscoa.
Era a comemoração da saída dos filhos de Israel do Egito, também chamada de festa dos Pães Asmos ou Ázimos (porque nela o pão era sem fermento), comemorada ainda hoje pelos judeus. Para nós, ela se cumpriu no sacrifício de Jesus, pois o cordeiro pascal, descrito em Êx. 12. 3-8 apresenta os requisitos encontrados em Cristo.

b) Festa dos Tabernáculos.
Chamada em hebraico de “Sucot”, comemora o período em que os filhos de Israel viveram em cabanas no deserto, quando saíram do Egito (Lv. 23.33-43). Era a última festa do ano e duravam oito dias, era uma festividade alegre (Lv. 23.40), esta mencionada em Jo. 7.37-39. Ela representa gozo e a alegria dos crentes, o quadro profético ainda não cumpriu: será no Milênio.

O nome “Festa de Pentecoste” ficou assim conhecido, por ser realizada no quinquagésimo dia após a páscoa!!!
Pb. Odemir Silva

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