O EVANGELHO “CRISTO” E A SACRALIDADE DA VIDA

Mc. Cap. 3 - 

Uma Reunião pela Sacralidade da Vida

A religiosidade do fariseu se reflete na demasiada e dogmatizada preocupação com o dia do Sábado e com o espaço ou recinto da sinagoga considerado sagrado. Em detrimento da compaixão e misericórdia para com um homem que sofre profundas frustrações e preconceitos.

V.2 – Os fariseus e religiosos observavam o sábado de tal maneira, que com a cura de um sofredor enfermo se tornará coisa insignificante. Mesmo estando este sobrecarregado de dor e traumas provocados pelas inaptidões e rejeições diante das impossibilidades que lhe eram impostas.

(PERIGO DA RELIGIÃO QUANDO INVERTE OS VALORES OU NÃO COMPREENDE A ESSENCIA DA MENSAGEM DO EVANGELHO)

O evangelho de Mateus traz consigo a proclamação que desmascara a hipocrisia da religião. O capítulo 23 de Mateus deixa claro a hipocrisia, cegueira e a avareza dominante na expressão religiosa dos sacerdotes, escribas e fariseus.

A mensagem de Jesus como um todo, como todos os atos e fatos que envolvem a sua vida testificam contra a armadilha da religião que atrofia, escraviza, debilita e tira o ar dos pulmões da espiritualidade.

A religião não permite respirar, porquanto, todo religioso há de se viver dependente de um balão de oxigênio, caso contrário, morrerá asfixiado pela falta de sinceridade, amor e devoção coerente no ambiente da graça e da misericórdia de Deus.

Digo balão de oxigênio – quando me refiro às pequenas bolhas de ar encontradas em meio aos dogmas, porém, estas não são suficientes para permitirem que os pulmões se encham do ar proveniente da atmosfera espiritual do Reino de Deus.

O que vemos em nossa geração são pessoas em busca de novos ares, novos paradigmas de justiça e santidade, de pureza e devoção a Cristo.

Temos muitos fariseus religiosos impedindo aqueles que estão atrofiados de mente e de coração de serem tocados por Jesus. Sabe aqueles que buscam os holofotes e querem glória para si mesmos. Homens amantes da vaidade, da avareza, da fama, do poder.

Sim! Aqueles que gostam dos primeiros assentos. Lamento dizer, mas estes são os verdadeiros atrofiados. Que não conseguem dar um só passo em direção a Cristo, senão em direção ao sábado.

Atrofiados pelas tradições, pela ignorância espiritual a que foram sujeitados anos a fio, uma vez confinados dentro das quatro paredes de uma denominação.

Concordo que o ser humano precisa enquanto leigo dos muros e parâmetros denominacionais, porém, como Jesus, não posso concordar que continuem presos na armadilha que se torna uma denominação que se tranca com as fechaduras da arrogância, do orgulho e da soberba.

Assim estavam os religiosos nos dias de Jesus. Colocando em Segundo Plano A Sacralidade da Vida

O Grande discurso de Jesus em torno da questão da sacralidade da vida é: É licito fazer Bem ou Mal / Salvar a vida ou matar

BEM E MAL / VIDA E MORTE

Jesus diz: Levanta-te e vem para o meio – A preocupação com o Bem e o Mal / A Vida e a Morte – são os assuntos mais importantes da mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Discutidos de forma a singularizar não simplesmente uma proclamação diferenciada, mas por razões muito maiores, pois, trata-se do próprio criador e doador da vida. Daquele que deu a sua vida em resgate de muitos.

As declarações de Jesus são sempre mais relevantes. Fica claro no texto de Marcos 3 as limitações que a esfera da religião tem em relação a vida. O judaísmo mais precisamente não possuía ou abrigava todas as condições favoráveis para manutenção da existência humana. Devemos a Cristo e a dimensão do reino de Deus está resposta.

A religião é, e sempre será apenas um edifício, cujas paredes levantadas por homens, hão de servir como anuncio de que há algo maior. Os homens nela estabelecem sua vaidade, arrogância e poderio. No reino de Deus não há lugar para este tipo de comportamento.

É por esta razão que muitos não gostam das verdades divinas, porquanto, estas os confrontam, assim, como deflagrou contra os fariseus as indagações mais profundas e sérias sobre a fé em Deus e as ações práticas cotidianas que deveriam ir além da observância do sábado.

v. 4 - A Religião se Cala, em muitas ocasiões e situações. – Mas o evangelho “Cristo” Traz respostas e soluções, tanto quanto manifesta indignação a todo tipo de expressão que rebaixa a vida e coloca como prioridade os dogmas incoerentes e irrefletidos da religião cega e mesquinha. Dogmas que carecem de reflexão coerente.

O verso 5 – define a condição da religião hipócrita como dureza de coração do homem. No caso dos fariseus a dureza de coração estava relacionada as próprias interpretações sustentadas pela tradição rabínica. Ao longo dos anos muitos escribas trabalharam a recepção e aplicação das tradições judaicas o resultado foi o apego exacerbado e incoerente, bem como, as oportunidades viabilizadas aos cargos elitizados e embriagados pelo vinho do nepotismo e do simonismo.

Eram duros de coração em relação a transcenderem o ambiente da religião judaica rumo ao reino de Deus. Não queriam abrir mão dos valores que herdaram, e embotados na mente e no espírito não desatavam os nós das tradições rabínicas.

Há uma intervenção sobrenatural de Jesus em relação ao estado daquele homem sofredor.

A religião pode ser comparada ao homem da mão mirrada, possui limitações. A religião, enquanto manifestação da fé na vida humana pode atender de forma efetiva ao ser humano em muitas das suas condições, porém, não pode resolver absolutamente a condição existencial do homem.

A religião pode recuperar um viciado deslocando-o seu ambiente escravizador e recolocando-o em outra atmosfera, concedendo assim, uma mudança de hábitos e comportamentos viciosos. Pode resolver crises conjugais por meio de uma educação mais sofisticada. Pode trazer de volta o filho que não perdoa a mãe que se ausentou, ou o pai que abandonou a família.

A religião pode melhorar e influenciar uma sociedade de maneira objetiva, mas sempre terá seus limites e por conta dos tais, há de ser alvo das armadilhas da vaidade e do egoísmo humano.

Cristo, porém vai muito além da religião; Ele é a resposta para a religião. É aquele que chama e convoca cotidianamente toda complexidade religioso a reflexão e a vida.

Vida com abundância. É Cristo quem transforma; quem desata os nós, quem desembota a ferramenta. É Cristo que desatrofia os músculos da espiritualidade daqueles que se atrofiam nas ataduras da religião.

É Cristo quem renova a mente. Quem descortina novos horizontes de liberdade. É Cristo quem proporciona ar puro para alma respirar.

Entretanto, podemos perceber ao longo da Escritura e do Significado do Reino – As dimensões profundas e as várias vias alternativas pelas quais o reino de Deus se manifesta proporcionado Bem à vida humana ou fazendo-lhe uma manutenção preventiva.

O que se considera uma manifestação da Graça Divina.

Ex: A medicina, Obras Sociais, ONGs, Entidades filantrópicas, Instituições Eclesiásticas nas quais o Reino de Deus se manifesta, com menos ou mais intensidade.

É de nosso conhecimento que a formação da cultura ocidental está embasada pelo cristianismo histórico e que manifesta-se os princípios éticos e morais do mesmo em várias dimensões das sociedades.

O triste fim da religião cega está no versículo a seguir:

Conclusão v. 6 - Retiram-se para uma conspiração contra a vida de Jesus – Quando a religião não encontra os rumos da revelação divina e sua nobre mensagem; esta corre o risco de tornar-se conspiradora contra o Reino de Deus.

É preciso compreender cotidianamente o sentido / Valor / “A Preciosidade da Sacralidade da Vida” e ela servir.

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