O primeiro Avivamento.
Em Gênesis 2.7. A
palavra “alma” foi usada com vários
significados por diferentes autores na Bíblia. A palavra hebraica é nephes, que significa “aquilo que respira”, ou conforme a Bíblia de Jerusalém que diz: “Então Iahweh Deus modelou o homem com
argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou
um ser vivente”, isto é, o termo nephes, que designa o ser animado por um
sopro vital (manifestado também pelo “espírito”). Ela corresponde ao grego psyche,
que normalmente é traduzido como “alma”
ou “vida”. A expressão “alma vivente”
não se refere ao espírito de Adão, como imortal, mas simplesmente ao fato de
que era um ser físico, vivente. A mesma expressão é usada em Gn. 1.20,21 com
referência as criaturas que voam e nadam. O
termo significa meramente que Adão se tornou vivo. Isto nega a
possibilidade da evolução teísta (a
alma, com um sopro, passando a uma forma animal viva). Contudo, em Gn. 1.26,27,
é ensinada a imortalidade do espírito humano.
Deus
é, essencialmente, Espírito (Jo. 4.24). Portanto, o homem que é “imagem e semelhança” de Deus, possui um
espírito imortal. Os homens se assemelham a Deus em certos aspectos pessoais
(Gn. 1.26), sem que sejam iguais a Ele (Is. 40.25). A semelhança entre o homem
e Deus é aquilo que distingue a criatura racional do resto da criação. O homem
é um ser pessoal, com a capacidade de pensar, sentir e decidir. Ele tem
capacidade de fazer escolhas morais e a capacidade de crescimento ou declínio
espiritual. No princípio, o homem amava a Deus e era uma criatura santa. O
pecado mudou isto.
O
seu espírito ficou tão alterado pelo pecado, que ele se escondeu de Deus, e
agora deseja mais o mal do que a justiça (Jo. 3.19,20). Depois da época de
Adão, somente aqueles que viviam com retidão diante de Deus eram considerados
seus descendentes (Mt. 3. 7-10; 13.38; Jo. 12. 36; At. 13. 10; Cl. 3. 6).
O
homem não mais se encontra no estado perfeito de inocência em que estava na
época da sua criação. Portanto, ele não tem os mesmos atributos e qualidades
espirituais, semelhantes aos de Deus, que tivera em seu estado original.
Jesus,
o segundo Adão (I Co. 15.45), veio para desfazer as obras de Satanás (I Jo.
3.8), e para restaurar a semelhança espiritual do homem com Deus (II Co. 3.18;
Ef. 4.24; Cl. 3.10).
Em Cl. 3.9-11 diz: “Não mintais uns aos outros vós vos desvestistes do homem velho com as
suas práticas e vos revestistes do novo, que se renova para o conhecimento
segundo a imagem do seu Criador. Aí não há mais grego e judeu, circunciso e
incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo em todos”.
(Bíblia de Jerusalém), isto é, o homem, criado “à imagem de Deus” (Gn.1.26),
perdeu-se, procurando o conhecimento do bem e do mal fora da vontade divina
(Gn.1.27). De agora em diante, escravo do pecado e das suas concupiscências
(Rm.5.12), tornou-se o “homem velho”, que deve morrer (Rm.6.6; Ef.4.22). O
“homem novo”, recriado em Cristo (Ef.2.15), que é a imagem de Deus (Rm.8.29),
reencontra a retidão primeira e atinge o verdadeiro conhecimento moral (Cl.1.9;
Hb.5.14). Na nova ordem desaparecem as distinções de raça, religião, cultura e
classe social, que dividiam o gênero humano desde a queda, refaz-se a unidade
“em Cristo”.
Portanto vemos
que Cristo é quem aviva o homem no início da criação e é também quem o reaviva
quando o homem o reconhece como o Salvador de sua alma, isto é, quando o homem
retoma a vida eterna perdida lá no jardim do Éden.
Logo então
podemos observar que o verdadeiro avivamento está em Cristo e fora dele não há
um avivamento genuíno, quando o homem pecador se converte este recebe a vida
eterna e já é reavivado, pois passou da morte eterna para a vida eterna, segue
então uma vida na presença de Deus através do Espírito Santo.
Agora nesta nova
vida conforme em II Co.5.17 e Gl.6.15 é o novo homem criado em Cristo
(Ef.2.15), para uma vida nova de justiça e de santidade (Ef.2.10; 4.24;
Cl.3.10). Esta reconciliação universal engloba todos os espíritos celestiais,
assim como todos os homens, não se trata da salvação individual de todos, mas
da salvação coletiva do mundo por seu retorno à ordem e à paz na submissão
perfeita a Deus, Cl.1.20.
Avivar e animar
podem ser um despertamento, isto é, acordar, tirar do sono, portanto vamos
contextualizar e fazer uma aplicação para nossa realidade.
Houve vários
despertamentos e Reformas religiosas, veremos então alguns exemplos especiais
de despertamentos sobre:
a.
Samuel, 7.5,6
b.
Elias, I
Rs.18.21-40
c.
Ezequias, II
Cr.30.1-27
d.
Esdras,
Ed.10.1-44
e.
João Batista,
Lc.3.2-14
f.
Cristo em
Samaria, Jo.4.28-42
g.
No Pentecoste,
At.2.1-47
h.
Felipe em
Samaria, At.8.5-8
i.
Pedro em Lídia,
At.18.8
j.
Paulo em
Antioquia da Síria, At.11.21
k.
Paulo em
Antioquia da Psídia, At.13.48
l.
Paulo em
Corinto, At.18.8
m.
Paulo em Éfeso,
At.19.18-20
As Reformas
Religiosas foram feitas mediante ao “avivamento” na vida do líder religioso,
que por sua vez levou a nação a se voltar para Deus provocando “um grande
avivamento”. A reforma é uma mudança operada com o intuito de melhoramento,
isto é, tornar a gerar o que estava destruído, pôr em bom estado refazendo ou
consertando o quebrado, renovando o deteriorado, repondo o que se gastou
restituir um governo uma dinastia ao poder novamente. Deus usou algumas pessoas
sob cuja liderança se efetuou algumas reformas:
a. Asa, I Rs. 15.12
b. Jeú, II Rs. 10.27
c. Joiada, II Rs. 11.18
d. Josias, II Rs. 23.4
e. Josafá, II Cr. 19.3
f. Ezequias, II Cr. 31.1
g. Manassés, II Cr. 33.15; 34.33
h. Esdras, Ed. 10.3
i.
Neemias, Ne.
13.19
Um cristão disposto
a fazer a vontade de Deus, em primeiro lugar na sua vida, é, em verdade, um
instrumento de avanço do Reino de Deus na Terra. Um avivamento numa cidade pode
estender-se por muitos outros lugares e alcançar multidões, segundo o propósito
de Deus para sua vida, a proclamação do evangelho de poder, com curas divinas,
libertações, sinais e prodígios só é possível quando, e onde, há o real
avivamento que Cristo veio trazer.
Onde há virtude
do Espírito, há um real avivamento!!!
Pb. Odemir Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário